quarta-feira, 27 de novembro de 2019


Colaboradores: Felipe Moraes, Herica Paola, Osiel Júnior e Júlia Mariana 

… estarei pronto para dar graças a Deus pela via penosa através da qual Ele me conduziu e que me fez conhecer a verdadeira situação em que se acham os colonos. (Davatz, 1850, p. 40)




      Colheita do Café, 1984 de Manoel Costa (Brazil,1943) óleo sobre Eucatex, 55 x 46 cm



Escravidão x Trabalho livre no meio rural.

Senta que  vem historia:
    Hoje falaremos sobre a escravidão, a temida escravidão 
Mesmo “abolida” deixou rastros inesquecíveis e irreparáveis.Até nos dias atuais podemos ver como negros e índios ainda são,a maioria, discriminados pela população.
A partir da obra de Thomas Davatz – Memórias de um Colono no Brasil, podemos ver o contexto da escravidão brasileira, e também compara-la com os dias de hoje. A obra de Davatz é, a-pesar-de seu valor, quase desconhecida da maioria dos estudiosos. Obra traduzida por Sergio Buarque de Holanda nos revela diversos conceitos nos quais escolhemos um para falar hoje: As condições de trabalho dos escravos e como era a produção agrícola/rural no século XIX.
O autor inicia sua crítica estabelecendo certas condições brasileiras, dando como exemplos algumas plantações e suas colheitas, como o arroz, a abobora, o feijão entre outras. Ele menciona também o clima referente a região brasileira e como isso ajudava no desenvolvimento da população. Mas, sua crítica se baseia nas condições que os trabalhadores tinham na parte rural da cidade e também suas precárias moradias, em sua obra Davatz cita um evento que tinha ocorria nas colônias: “A simples queixa de um colono sobre a injustiça que contra ele praticarem os chefes pode resultar multas para o queixoso. Em resultado desses regulamentos arbitrários, chegou-se a exigir dos imigrantes em certa colônia que fizessem serviços de limpeza em uma estrada. Como eles não quisessem cumprir essa ordem descabida foi-lhes imposta pelas autoridades a multa de dois mil reis, que logo subiu até a doze ou quinze mil reis, porque os colonos não dispunha de dinheiro para pagar imediatamente a soma cobrada e porque o seu patrão só decidiu pagá-la quando ela chegou a tanto” (Davatz, 1850, p. 80). Ou seja, eles eram escravos, mas sendo recompensados com uma miséria. Isso sem falar do maus-tratos, torturas
A lavoura cafeeira se constituía a principal atividade agrícola do pais exigindo então uma grande demanda de mão de obra o que fez então a população livre do pais e também colonos europeus a também participar dessa mão de obra que até então era só escrava. E como substitutos de mão de obra escrava se tinha, uma moradia de assalariados em uma fazenda, onde os imigrantes trabalhavam em benefício próprio e ainda tinha uma moradia. A partir disso podemos ver o quanto a cor da pele faz com que haja injustiça, os “escravos brancos” exercia, às vezes, as mesmas funções e suas condições eram “em parte” melhores que as do escravo negro.
Mesmo com a proibição do tráfico negreiro, mesmo o negro ganhando sua liberdade, o negro, AINDA ficou sendo desrespeitado tanto na época relatada (XIX), e até hoje.


Veja também nosso podcast logo adiante, que retrata sobre a importância das cotas na atualidade, como ela é vista pela sociedade e em como a escravidão se relaciona com esse tema. (Link abaixo 👇🏽👇🏽👇🏽)




Referências: 







Colaboradores: Felipe Moraes, Herica Paola, Osiel Júnior e Júlia Mariana